“Digo-vos
que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor
que aparece por um pouco, e depois se desvanece.” (Tiago 4.14)
Uma morte súbita de pessoas jovens, como a do político
Eduardo Campos e de membros de sua equipe, sempre causa comoção em nós, não
apenas por ser repentina, mas principalmente por lembrar-nos de quão efêmera é
a vida. As pessoas estão vivendo apressadamente, como se não houvesse amanhã.
Muitas nunca param para um viver um momento com a família, para fazer um
passeio com um filho, dar assistência a um pai doente, ouvir um irmão que
chora. Muitos estão vivendo como se fossem seres imortais, e nem se tocam de
que a aparência dessa vida passa, como nos ensina o apóstolo Paulo, em sua
carta aos Coríntios.
As pessoas andam agitadas, de um lado para o outro,
fechadas em um mundo próprio, onde, muitas vezes, não existe um lugar para
Deus. Somente quando a morte chega, se lembram do Criador. Estamos vivendo num
mundo hedonista, onde o prazer, para muitos, é o único propósito da vida e onde
as pessoas valem mais pelo que têm, do que por aquilo que são.
No entanto, a Palavra de Deus diz que a vida é como um
vapor, ou seja, uma névoa, algo que se dissipa em segundos. Não podemos
controlar o fluxo da vida, pois só Deus pode fazer isso, mas podemos procurar
uma forma de viver melhor, com menos preocupação ou stress. O próprio Cristo,
que deixou um Trono cheio de glória, para se fazer homem e nos salvar, ensina
que não devemos nos preocupar com o dia de amanhã. Ele nos manda contemplar os
lírios do campo e as aves do céu, para que possamos nos consolar, uma vez que a
preocupação em excesso apenas nos leva a um estado mental deprimente e,
consequentemente, a doenças psicossomáticas ou à depressão. Enquanto muitos se
estressam na busca de uma ostentação, nem sempre possível para alguns, o Senhor
nos manda mirar no exemplo dos lírios do campo, que se vestem de tal forma, que
nem Salomão, em toda sua glória, se vestiu como qualquer deles.
A morte é algo que nos traumatiza. A vida é curta,
imprevisível. Todas essas tragédias que nos assolam, deveriam levar-nos a
refletir o quanto as pessoas estão partindo para a eternidade, sem esperança.
Temos visto a morte de pessoas famosas como Eduardo Campos, o ator Robin Williams
e tantos outros. Mas nas ruas das metrópoles estão morrendo “joão-ninguém”, de
fome, de frio, de abandono sendo enterrados em covas rasas.
E nós, de que forma estamos contribuindo para o Exército
aguerrido do Senhor? Se as pessoas estão indo, prematuramente, para a
eternidade, nosso papel não seria mostrar-lhes qual o melhor caminho? As
pessoas estão com sede, não do miraculoso, mas de Deus. O inimigo tem plantado no
coração do homem, a sede da autossuficiência, mas precisamos encher nossos
cântaros da água da vida.
A vida é efêmera, passa como o vento. No capítulo 16 do
livro de Provérbios, Deus nos alerta que “o coração do homem planeja o seu
caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos.” Portanto, ainda que andemos na
tormenta, sabemos que o Senhor guiará nossos passos. Sua mão e alianças eternas
nos alcançarão até no caos, porque Ele sempre tem um caminho, mesmo na queda e
na arrebentação.